Ao contrário dos outros,
a fragilidade.
nas ruas corro atrás da vida
o meu tempo medido pelas coisas
que consigo fazer
no regresso lamento
o que ficou por fazer
os lábios tocam o vidro
parece a pele de alguém
que acabou de acordar
quente de um sonho
talvez alguém numa outra rua da Terra
repita os meus passos
num caminhar lento que respira suave
sobre um chão de folhas caídas
no passeio
de volta a casa, alegre talvez
contando as pequenas vitórias
do dia
a cabeça toca a leveza das almofadas
sente-se a liberdade da tarde que parte
fecham-se as janelas da sala
sobre uma tranquilidade maior
que todo o tempo.
Fernando Ribeiro
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